19 de abril de 2010

Hoje eu acordei com vontade de esquecer Todas as preocupações e ir depressa para algum lugar...


A luz do Solstício de Verão é tal mar que mergulho aqui do outro lado da baía.
Dos barcos que atracam e partem, vejo o porto,
pedaço de céu, carne vermelha e açucarada que ficou no horizonte bravio de minha alma. 
O sol arde tanto que o cotidiano acaba sendo caloroso,
 e por isso sei que aí do outro lado é só alumbramento.
Que seja platônico, verídico, energético,
 imerso num banho, numa cachoeira de espuma, 
num suspiro inebriado de gozo, tanto faz.
Sei que dessa inundação corporal não haverá barragem que consiga impedir Seu fluxo..
A vazão é desmedida, tal qual beijo que morde e estraçalha. 
O tempo toma-o por inteiro, estendendo o dia ao mais longo do ano. 
Continuo sabendo que aí chego como onda, num toque rápido, 
dúbio - quimérico e real - alimentando-o
Nutrindo a noite de vento e provocando os mais explosivos auspícios.

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