25 de março de 2011

AVÔHAI AVÔ & PAI


Se fosse fácil, todo mundo era.
se fosse claro, todo mundo via.
se fosse muito, todo mundo tinha.
se fosse raso, ninguém se afogava.          

Se fosse perto, todo mundo vinha.
se fosse graça, todo mundo ria.
se fosse frio, ninguém se queimava
se fosse limpo, ninguém se sujava.
Se fosse farto, todos satisfeitos.
se fosse largo, tudo acomodava.
se fosse hoje, todo mundo ontem.
se fosse tudo, nada aqui restava.
se fosse homem, junto com mulher
se cada bicho, fosse como vou.
se fosse tudo claro pensamento
nesse momento, nada se criou.

No fim nada se explica. Tudo é mistério. 
Lúdico motivo para se descobrir as passagens para todas as dimensões que se acumulam na mente, no olho e na luz que ele filtra, no profundo exercício do sonho inexplicável do homem. 
A transfiguração das consequências que modificam-se nessasontes de energia, que trouxeram tão profundamente mais fórmulas instigantes à aproximação do homem com a natureza. 
Peleja da ciência com o misticismo, idéia inútil pela sua terrível relatividade que encerra em cada paralela do infinito.
Zé Ramalho

29 de novembro de 2010

Em defesa do ABrupto

Motivo de conflitos de outroras que agora relembro e revivo..
Em defesa da pronúncia "ab-rupta", que pode até travar a garganta d´alguns, mas é justo essa paradinha que intensifica e embeleza a palavra.


Pedindo ajuda a quem organizou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da ABL, o mesmo responde de forma humilde e fantástica; posto que conhecimento não requer prepotência para garantir-lhe veracidade..
Oh doce ironia.. 
  
HOUAISS
"Abrupto ou ab-rupto: eis uma bela área de lana caprina: quando a heróica façanha de padronizar uma terminologia envereda pela de padronizar uma língua, perdem-se os padronizadores e a padronização... Todos nós que convivemos com os usuários de uma língua mais ou menos culturalizados, sabemos como variam de opiniões metalingüísticas. Por isso, sabemos que os há "os bem menos e os bem mais". Um dos pontos de referência válidos para a matéria é buscar a autonomia vocabular do 'primitivo'. Há rupto em português, há, não há? Daí, há abrupto ou ab-rupto? Daí, manter os opinantes em um dos lados do maniqueísmo é puro maniqueísmo. Grafando ou pronunciando os componentes distintivamente, os usuários apenas marcam um grau de sua consciência lingüística, mais ou menos formal. Não busque, na sua área, um rigor que não há (digo eu, felizmente) na sua língua. Respeite as alternativas, válidas, dos usuários. A língua jamais está pronta e acabada: sempre infieri , revela sempre o jogo de alternativas desse infieri (o que a faz mais bela e fascinante)."

lindo, não??

Aqui a prova:

23 de novembro de 2010

Sopro de Vida

 Ângela é doida. Mas tem uma lógica matemática na sua doidice aparente. E se diverte muito a escandalosa. 
Aguça-se demais e depois não sabe o que fazer de si. Que se dane!
 Entre o "sim" e o "não" só há um caminho. Escolher. 
Ângela escolheu "sim". 
Ela é tão livre que um dia será presa. 
- Presa por quê?
- Por excesso de liberdade.
- Mas essa liberdade é inocente?
- É. Até mesmo ingênua.
- Então por que a prisão?
- Porque a liberdade ofende.


C.Lispector In: Um Sopro de Vida

21 de novembro de 2010

Ela faz cinema

Quando ela chora
Não sei se é dos olhos para fora
Não sei do que ri

Eu não sei se ela agora
Está fora de si
Ou se é o estilo de uma grande dama

Quando me encara e desata os cabelos
Não sei se ela está mesmo aqui
Quando se joga na minha cama

Ela faz cinema Ela faz cinema
Ela é a tal
Sei que ela pode ser mil
Mas não existe outra igual

Quando ela mente
Não sei se ela deveras sente
O que mente para mim
Serei eu meramente
Mais um personagem efêmero
Da sua trama

Quando vestida de preto
Dá-me um beijo seco
Prevejo meu fim
E a cada vez que o perdão
Me clama

Ela faz cinema Ela faz cinema Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz

Eu não sei
Se ela sabe o que fez
Quando fez o meu peito
Cantar outra vez
Quando ela jura
Não sei por que Deus ela jura
Que tem coração
e quando o meu coração
Se inflama

Ela faz cinema Ela faz cinema
Ela é assim
Nunca será de ninguém
Porém eu não sei viver sem
E fim.

C.Buarque.CD Carioca

Sentimentos mais cheios de flores? Só quando o tempo for de flores
Andar de mãos dadas? O tempo é muito turbulento. Muito impreciso
O amor o romantismo? Tudo muito puro. Não os exporei a tanta lama
Hoje valorizemos a necessidade. E fim.
                                Michelle de Andrade

10 de novembro de 2010

A porta fechada..


Uma porta. Fechada
 Apenas uma porta fechada. 
  Sem chaves. Sem fechaduras. 
    Sem trincos
Apenas um maciço de madeira 
separando dois universos 
    por vezes distintos;
     tão quantas vezes comuns
Não. 
Não era o barulho que corrompia
     seu sono manso 
Nem a ansiedade
     de mais uma noite não vivida
A porta fechada escondia o coração aberto
Ela só queria amanhecer

8 de novembro de 2010

No fim, todo passado transforma-se num simples "bom dia"

A poesia tem um quê de universal, já que sao os sentimentos assim o são - E por que não dar-lhes nova estampa: a estampa da repetição?
A disciplina militar impôs-me um pensar um sentir um andar um ser solitário..
Esse ser que rir das piadas mais tolas entre uma e outra lagrima disfarçada num brilho diferente do olhar, um olhar marejado de saudades  
Quem caminha sobre a lógica e as incertezas da guerra a que chamamos vida; por isso a guerra nunca deixa que aquela moça aquelas saias  aquele sorriso pueril aquela maquiagem vermelha nunca deixe que ela se torne por completo paisana.
O sofrimento há, quando necessario. Ao sofrimento, tempo.
A vida, a busca a luta se fazem diarias.
A luta, solitária, se faz diaria.
   Michelle de Andrade

O sentimento expresso em poesia, escrito por Igor Zagoni e vivido pela universalidade dos sentimentos humanos

 "Mas há momentos sem linguagem
Entre o dormir e o acordar
De sublevação da imagem
Por onde foge
Esta rua este outono
Este são este doente
Este que sonha
    Que sonhar Que viver seja sempre recontar..

Mas então vivemos a emoçao de um possivel amor
Que antes e depois buscamos despedaçados
Mas basta este raro então
E essa feliz possibilidade de contar
Com a infelicidade de ao mesmo tempo
Limitar o contado

Que a vida que são vidas
O que agora contamos
Não seja sempre nossa vida
A disciplina militar impõe
Entre seus exercícios
O pensar solitário
Sobre a lógica e as incertezas da guerra
E nunca deixa que ele se torne
Por completo paisano
Mesmo sob uma árvore entre pássaros
Entre os meninos e os serviçais
A arma sempre ao alcance
O riso preciso que o álcool cevadado, que o vinho não altera

 Entre as pessoas que abrem sua corrente
Ela esqueceu as apostilas
O horário de aula..
E talvez tenha experimentado
A possibilidade
A doçura
Fechando a mão sobre o papel da bala
Sem que eu saiba a razão e os meios
A rosa o firmamento

Procurando você duas quadras ao lado
No seu José fabricante de doce de leite
Você sentado na varanda  
E está como estamos na calma desse quadro imóvel

Querido sinto imensamente meus descuidos
Meu velar doido
Que há a máquina do mundo emperrado em meu ombro
E eu não tive a sabedoria, apenas a calma

Não esqueço algo vela 
Por nossa insensatez e obriga que nos busquemos
Nessas mãos que não seguram
Nesse avoamento
Um oculto desejo de integridade

Sob o neón do abajur
Cintila seu olho vermelho
Viajando imóvel na noite
Tentando entender
Descobrir qual é e de quem é
A culpa

Entre o nariz e a boca
A lágrima fendida
Se ergue sobre territórios
Que ninguém percorrerá
Profundezas abismos
Névoas estradas interrompidas

Talvez seja mais simples
Você tem boas pernas
E gosta de conversar polidamente
Deixe passar o incomodo
Com uma água com açúcar
E não se esqueça de uma vez
De que as mães jamais têm razão

Mas me mantive firme com mão vazia
E outra vez pus o nome na lista
Dos que tentam a sorte
Perder é humano
E o dia um catálogo de impossibilidades
Embora tudo se compre venda e financie

Tantas canções de amor não esgotam o seu tempo
Mas elas nem tentam
Mesmo os corações são tão diversos
Cala-se um pouco fala-se um pouco 
Mente-se um pouco...
Canta-se

Saí
Fechei atrás de mim aquela porta
E de minhas mãos caídas uma flor morta
Ignorante da primavera que sorria

Na rua
Eu também estou tentando
Entender melhor minhas impressões
Desse espaço inquieto
Dessas janelas quase sempre fechadas
Essa metódica relação
Entre quem é cioso
De sua responsabilidade

Sempre há a incerteza
Mas o coração é sobremodo vulnerável à esperança
E quando seu amor se gasta
Tão fácil vem como se vai
E descendo bastante fundo
Encontramos amores não sabidos
Mas vividos

Não posso remediar
O que não houve entre nós
Não creio em ti
Não creio em mim
Não posso mentir
Palavras o vento leva
Trazendo a tempestade
Tolice fugir

Abrir guarda-chuvas
Esquecer a verdade
O passado não houve
O futuro não houve
Nosso agora é invenção
Dançamos a sós
Essa canção

28 de setembro de 2010

Sentimento de mim

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.

Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.

E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.

E o coração está seco.
Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.

Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.

És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.

As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.

Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.

Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.
CDA. in Sentimento do Mundo

Sem mistificacao


Meus olhos hoje estão embotados de trabalho e lágrima

Cimento e tráfego
Barulho.

O coracao, se acelera, o faz sem sentido.
O tempo do amor ficou para depois
O tempo da pureza e inexatidao ficou para depois

A roupagem que a veste nao tem rendas nem cetim
Cobre-lhe a poeira das calçadas; o asfalto o Sol
o barulho

Ela ainda não sabe ser metade
A emoçao ainda rouba-lhe o tempo
Há muito trabalho a se fazer
Ela ainda não sabe ser metade

"Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação."

O conto do primeiro arrependimento

Hoje tomei a liberdade, senão a ousadia de ser sincera. Sincera demais, inclusive.
Sem medo, em total desapego com o preconceito alheio, conto-lhes, em 1a pessoa, meu fracasso.

Hoje nada pôde conter tanta emoção guardada - como há muito não se vira.
Forte e sozinha, cheia de objetivos, tendo por subir ladeiras sempre pedregulhadas; destemida da morte, de peçonhas rastejantes, cobras, baratas, labios ferinos, e o resto da imundície do mundo, admira-se que tal rija pessoa poderia ter algum sentimento altruísta..

Amar e mudar o mundo..                         (tema doutro blog)

Entrada fracassada.
Proposta fracassada.
Como querer mudar o mundo se sequer consigo modificar as atitudes d´alguém? Alertá-lo sobre os perigos do caminho escolhido, das atitudes abruptas, da impaciência (in)constante; do alto preço resultante por agir sem humildade, do orgulho enormemente ferido e dos escudos invisiveis em que esconde um garoto, sofrido, cheio de incertezas sobre a busca de um futuro feliz, mas, por estar igualmente só - e querer estar só - não confia suas fraquezas a pessoa alguma.

Ah... Pobre "eu-lírico"...
As pessoas não mudam simplesmente pelo desejo de um coração alheio, nem diante do melhor argumento de um conselho ou atitude exposta. O orgulho as cega, triste eu-lírico..
Não só cega. Ensurdece. Emudece.

Mas a tristeza maior foi vergonhosamente mais desconcertante. Foi ceder reciprocamente e em semelhante medida ao respectivo egoísmo. Pensar apenas em primeira pessoa, no presente do indicativo, a fim de ter a ilusória certeza de não ferir o próprio orgulho.

- Vai me decepcionar? 
Essa fora a primeira pergunta, tão logo o palco das emoções mudara de cena.
Os passarinhos, antes verdes, logo viram doença, câncer, frustrações familiares e vultosas perdas materiais.

Cinco minutos de "reflexão" foram suficientes.
Para ela, era fato consumado: não haveria tempo a perder por insistir nalgum conselho que pouco seria compreendido pelo receptor. Ela simplesmente resolveu se dar o luxo de pensar só em si - como sorrateiramente faz o sexo oposto. E sem remorso ou desconforto algum:
    - Vai me decepcionar? 
    - Muita coisa acontecendo. Muita coisa ruim me acontecendo
    - Vai me decepcionar? Ela insiste
    - Acho que sim.
    Ela pensa - duvido que um homem nao tenha o orgulho ferido ao ser confrontado (e logo por uma mulher)
      
    Bem, se decepcionou, ninguem saberá. Mas um ser orgulhoso possui dessas "vantagens. Para conseguir algo, basta-lhe por à prova. Ingenuamente achará que tomará a frente, que terá a palavra final (os homens são tão previsíveis...)
     Resultado final - ambos foram fdp´s e sexualmente felizes, digo, satisfeitos, um com o outro..
     Previsão inicial - fazer a diferença (ela) na vida de outrem.
     
     Emoção singular à parte - é facil lançar da paixão às palavras quase sinceras e ao olhar doce, o cruzar das mãos, o tato dócil, a voz em murmúrio -, ela outrora conseguia enxergar bondade nos seus olhos pueris. E isso a motivava a querer-lhe bem..
    Mas a vez, dessa vez, era dela - aproveitar o momento, o batom vermelho, o fôlego, a auto-estima a mil.
    A vez era realmente dela

    Esquecera-se, porém, da infeliz autocrítica inabalável que não tardara a chegar. Como admitir-se filha-da-puta? Como felicitar-se maltratando, pisoteando em salto agulha cada bolha ativa de calo, a quem se tem (ou tinha) carinho? 
    Deu-lhe vontade de queimar todos os evangelhos, as mensagens altruístas de Dalai Lama, as confissoes de Neruda, a serenidade "exupèryana", posto que grande falso moralismo recaía sobre seus pensamentos nada impolutos.
    Porém uma lágrima sequer brotou-lhe nos olhos. Já sem tanta mágoa. Já sem tamanho arrependimento ela percebe, decerto assustada, que vai deixando de ser aquela menina que sofre para ser aquela mulher que luta. Aquela mulher que só, luta, sem que as inclinações da estrada desviem sua rota.


18 de setembro de 2010

E se? Sensaçoes


E se realmente gostarem? 
E se o toque do outro de repente for bom? 

Bom
A palavra é essa. 

Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. 
O pé, no fim do dia. 
A boca, de manhã cedo... 

Bons, normais, comuns. Coisa de gente.
Cheiros íntimos, secretos.

Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. 

E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo, No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. 
Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural. 

Os animais cheiram uns aos outros. O que é que você queria? Rendas brancas imaculadas? 
Será que amor não começa quando nojo, higiene ou qualquer outra dessas palavrinhas, desculpe, você vai rir, qualquer uma dessas palavrinhas burguesas e cristãs não tiver mais nenhum sentido?" 
                                                                 [Caio Fernando Abreu ]

30 de agosto de 2010

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
           A vida assim, jamais cansa...
Viver tão só de momentos
          Como estas nuvens no céu...
E só ganhar, toda a vida,
          Inexperiência... esperança...
E a rosa louca dos ventos
         Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
       Sempre é outro rio a passar.
Nada jamais continua,
      Tudo vai recomeçar!
E sem nenhuma lembrança
      Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
     Nas tuas mãos distraídas...                                  Mario Quintana

Não, não. Este poema não se encontra no blog errado. Quintana se faz belo, mas também irônico. 
Tal qual Vinicius, cujas obras são declaradas por amantes apaixonados que de tão apaixonados se esquecem sequer de analisar o que recita
 "Amo-te como um bicho,simplesmente/ De um amor sem mistério e sem virtudes " pense numa declaracão...
  "Eu possa me dizer do amor (que tive)/ Mas que seja infinito enquanto dure." Esse é batata... antecipa o fim 2 vezes numa mesma estrofe.

Quintana também o é, digamos, delicado aos recitais
"Se tu me amas, ama-me baixinho/ Deixa em paz os passarinhos" 
Lindo, não?
Leia o resto: 
 "Deixa em paz a mim!"  "que a vida é breve, e o amor mais breve ainda..."
Lindo, ainda?

Se for pra ser real, e ainda significativo, não gaste muito da memória - corre-se o risco de tropeçar e encontrar um poste à frente. Sê-de, pois, sincero, sem deixar o romantismo de lado, como "A Oferenda":
                          "Eu queria trazer-te uns versos muito lindos...
                                 Trago-te estas mãos vazias
                                 Que vão tomando a forma do teu seio."        Simples e direto. E lindo..



Voltando ao poema inspirador, faz-se estranho esta vida de "atirar às mãos destraídas" os sonhos, os dias..a si próprio, pra "ver no que vai dar", como age o homem, a humanidade (porém dando considerável maior contribuição o sexo masculino).
É estranha essa vida de laboratório..
"A vida assim, jamais cansa..." Cansa, querido Quintana. Cansa..
...