29 de novembro de 2010

Em defesa do ABrupto

Motivo de conflitos de outroras que agora relembro e revivo..
Em defesa da pronúncia "ab-rupta", que pode até travar a garganta d´alguns, mas é justo essa paradinha que intensifica e embeleza a palavra.


Pedindo ajuda a quem organizou o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa da ABL, o mesmo responde de forma humilde e fantástica; posto que conhecimento não requer prepotência para garantir-lhe veracidade..
Oh doce ironia.. 
  
HOUAISS
"Abrupto ou ab-rupto: eis uma bela área de lana caprina: quando a heróica façanha de padronizar uma terminologia envereda pela de padronizar uma língua, perdem-se os padronizadores e a padronização... Todos nós que convivemos com os usuários de uma língua mais ou menos culturalizados, sabemos como variam de opiniões metalingüísticas. Por isso, sabemos que os há "os bem menos e os bem mais". Um dos pontos de referência válidos para a matéria é buscar a autonomia vocabular do 'primitivo'. Há rupto em português, há, não há? Daí, há abrupto ou ab-rupto? Daí, manter os opinantes em um dos lados do maniqueísmo é puro maniqueísmo. Grafando ou pronunciando os componentes distintivamente, os usuários apenas marcam um grau de sua consciência lingüística, mais ou menos formal. Não busque, na sua área, um rigor que não há (digo eu, felizmente) na sua língua. Respeite as alternativas, válidas, dos usuários. A língua jamais está pronta e acabada: sempre infieri , revela sempre o jogo de alternativas desse infieri (o que a faz mais bela e fascinante)."

lindo, não??

Aqui a prova:

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