25 de março de 2011

AVÔHAI AVÔ & PAI


Se fosse fácil, todo mundo era.
se fosse claro, todo mundo via.
se fosse muito, todo mundo tinha.
se fosse raso, ninguém se afogava.          

Se fosse perto, todo mundo vinha.
se fosse graça, todo mundo ria.
se fosse frio, ninguém se queimava
se fosse limpo, ninguém se sujava.
Se fosse farto, todos satisfeitos.
se fosse largo, tudo acomodava.
se fosse hoje, todo mundo ontem.
se fosse tudo, nada aqui restava.
se fosse homem, junto com mulher
se cada bicho, fosse como vou.
se fosse tudo claro pensamento
nesse momento, nada se criou.

No fim nada se explica. Tudo é mistério. 
Lúdico motivo para se descobrir as passagens para todas as dimensões que se acumulam na mente, no olho e na luz que ele filtra, no profundo exercício do sonho inexplicável do homem. 
A transfiguração das consequências que modificam-se nessasontes de energia, que trouxeram tão profundamente mais fórmulas instigantes à aproximação do homem com a natureza. 
Peleja da ciência com o misticismo, idéia inútil pela sua terrível relatividade que encerra em cada paralela do infinito.
Zé Ramalho

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