11 de agosto de 2007

Neruda eterno


Saberás que não te amo e que te amo

posto que de dois modos é a vida,

a palavra é uma asa do silêncio ,

O fogo tem uma metade de frio.

Eu te amo para comerçar a amar-te,

Para recomeçar o infinito

E para não deixar de amar-te nunca:

Por isso não te amo ainda.

Te amo e não te amo como se tivesse

Em minhas mãos as chaves da fortuna

E um incerto destino desafortunado.

Meu amor tem duas vidas para amar-te.

Por isso te amo quando não te amo

E por isso te amo quando te amo.



Pablo Neruda

Um comentário:

Flavia disse...

Ola! Eu tinha um blog com esse nome e apaguei... fui ver nos favoritos agora e apareceu o seu... adorei as poesias!! E as imagens tbm! lindas!